A concentração de uma substância na atmosfera varia no tempo e no espaço, pois depende da natureza do poluente gerado e a freqüência com a qual ele é emitido. Além disso, precisa haver reações químicas desses gases com a atmosfera para que seus efeitos sejam ativados e ainda a atuação de fatores meteorológicos (ventos, turbulências e inversões térmicas) e a topografia da região.
A interação entre as fontes de poluição do ar e a atmosfera define o nível de qualidade do ar, ou seja, quanto maior é o grau de poluição de uma indústria, maior é a quantidade de gases disponibilizados para reações com a atmosfera, o que significa que na área de influência, a (má) qualidade do ar desencadeará efeitos adversos sobre a saúde das pessoas.
É difícil estabelecer padrões de qualidade do ar suportáveis pelos seres vivos, já que cada indivíduo pode se comportar de maneira diferente a um mesmo tipo de exposição. Fato é que a absorção de substâncias indesejáveis pode ocorrer de uma maneira direta, pela própria exposição a uma concentração conhecida em um determinado tempo, ou de uma maneira indireta, pela ingestão de alimentos ou água contaminada por essa substância na área de abrangência da fonte geradora.
Por isso, as condições meteorológicas têm um papel determinante na descrição físico-química do transporte de poluentes, pois são elas que determinam a direção, velocidade e intensidade de atuação desses gases sobre a biosfera. É nesse sentido que as análises de dados meteorológicos são úteis para as atividades humanas, pois a definição dos períodos críticos e o monitoramento dos poluentes são ferramentas principais para os estudos de planejamento de novas atividades industriais e o estabelecimento de planos de controle de poluição do ar, permitindo assim que o progresso econômico seja alcançado junto com a qualidade ambiental e sem afetar a saúde das pessoas.
É importante ressaltar que, mesmo mantendo a emissão de poluentes constante, a qualidade do ar pode piorar ou melhorar, dependendo das condições meteorológicas estarem desfavoráveis ou favoráveis à dispersão desses poluentes, momento em que entram em cena os estudos para determinar se uma atividade deve ser cessada ou minimizada em virtude da forte atuação de fatores que contribuem para acentuar o potencial maléfico das substâncias.
Assim, é necessário que cada indústria tenha sua própria estação meteorológica com um banco de dados atualizados porque a meteorologia tem a função de ajudar; trabalhar com ela é trabalhar para a natureza, ou seja, para nós mesmos.
Dicas de controle e monitoramento das condições atmosféricas e a dispersão de poluentes:
- Faça leituras diárias dos instrumentos disponíveis na empresa: estação meteorológica da empresa, por exemplo.
- Tenha dados e relatórios, das condições atmosféricas, sempre disponíveis para possíveis fiscalizações e auditorias internas ou externas.
- Em dias de operações ou lançamentos de produtos especiais na atmosfera, consulte um meteorologista para receber um briefing abrangendo: condições gerais do tempo, condições gerais para dispersão, informações sobre entrada de frentes frias, formação de chuvas, predominância dos ventos, previsões do Índice Pasquill, etc.
- Acompanhe a capacidade que os equipamentos de controle e dispersão de poluentes que sua empresa dispõe.
- Tenha sempre em mente as necessidades e capacidades de sua empresa.
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