quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Linha do tempo da Meteorologia


O desenvolvimento das observações meteorológicas percorreu um longo caminho desde aqueles cata-ventos primitivos de séculos antes de Cristo. Inicialmente, consideravam-se que o tempo era controlado pelos Deuses, quando os gregos começaram a observar os fenômenos meteorológicos. Com essas observações Hipócrates escreveu “Ares, águas e lugares”  no ano de 400 a.C. e Aristóteles escreveu, “Meteorológica” , cinqüenta anos depois. Com a idade média essa área de estudos foi esquecida, graças a grande influência do cristianismo,mas no período do renascimento essas pesquisas voltaram a ganhar atenção. Em 1539 Galileu inventou o termômetro em 1643 o princípio do barômetro foi desenvolvido por Torricelli e as pesquisas e descobertas não pararam por aí. No ano de 1832 foi inventado o telegrafo que possibilitou a reunião dos dados do tempo em questão de minutos.
Em 1950, com o desenvolvimento dos computadores, foram elaborados modelos atmosféricos que resolviam as equações que simulavam os processos físicos da atmosfera. Os computadores também eram usados para analisar e representar as variáveis meteorológicas graficamente usando dados das estações meteorológicas.
 A Meteorologia Satellital surgiu com o lançamento do primeiro satélite meteorológico em 1960. Este satélite, TIROS I (Television InfraRed Observation Satellite), foi o primeiro de mais de 50 satélites que foram lançados para monitoramento de eventos de tempo. O sucesso deste programa conduziu ao desenvolvimento de satélites de observação meteorológicos mais sofisticados e uma alta previsão dos dados na previsão do tempo.

Os sinais da mudança


As profecias dos meteorologistas são surpreendentes. Ao reconhecer os sinais da destruição do planeta percebemos que as mudanças climáticas são desafiadoras, apesar disso, muitos nem sequer percebem os sinais de alerta. São as mudanças na fase de crescimento e floração das plantas, nos períodos de chegada e partida das aves, além do derretimento do permofrost (solo enriquecido e congelado) causado pelo pequeno aumento de temperatura a cada ano que e passa.
Desde 1990 cientistas e profissionais do tempo e clima vêm buscando reunir estes sinais da mudança climática em todo o planeta, através do monitoramento dos oceanos, da atmosfera e criosfera que já detectaram diversas modificações nos recifes de corais, nas montanhas, geleiras e mantos e gelo polar. Esses pontos são apenas alguns exemplos das muitas áreas e fenômenos que estão sendo afetados.
A nossa compreensão destes impactos ainda não é completa por a Terra possuir um sistema tão complexo e diversificado, assim sempre permanecendo algumas incertezas. Mas é certo que esta ocorrendo uma grande leva de modificações nos ecossistemas terrestres e isto levanta uma questão: Quando os governos as empresas e as próprias pessoas deixaram de responder timidamente e passaram a reconhecer os avisos dado pela natureza e se conscientizarem sobre isso?

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Por que devemos conhecer o INMET?


Para aqueles que, assim como nós, estão cursando Técnico em Meio Ambiente conhecer o INMET passa a ser fundamental já que o curso é totalmente ligado a esta área meteorológica também. Além do mais é importante para um técnico em Meio Ambiente está ciente da complexidade de todos os processos realizados até chegar a um resultado final das previsões meteorológicas, já que para leigos pode parecer um processo simples e prático, saber também da imensa responsabilidade que o instituto deve ter ao divulgar as informações obtidas, informações estas que devem ser feitas com o máximo de precisão e honestidade.
Conhecer o Instituto Nacional de Meteorologia é importante, também para que depois de conhecer o trabalho, as pesquisas, definir a área de atuação, saber como trabalhar com os instrumentos meteorológicos, saber as diferentes áreas dentro do INMET.
Agende uma visita, informe sobre o assunto, procure mais sobre meteorologia, visite o site (http://www.inmet.gov.br). Fique por dentro!

Alguns orgãos relacionados à previsão climática

Por a meteorologia ser um estudo de grande importância para todos os países, há uma grande quantidade de órgãos públicos espalhados pelo mundo que cuidam especificamente do campo da previsão do tempo e do clima. O principal é a Organização Meteorológica Mundial (OMM ou WMO em inglês) que visa a cooperação entre países para a obtenção de dados climatológicos, promovendo o intercambio de informações entre as 189 nações adeptas à Organização, liderando os esforços internacionais para o monitoramento e proteção do meio ambiente. Tem parceria com a ONU, conseguindo assim assegurar o desenvolvimento sustentável e o bem estar das nações.
Sede da OMM, localizada na Suíça
No Brasil, os órgãos mais atuantes na área meteorológica são: o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) e o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE). Todos estes são públicos, equipados com tecnologia de ponta, como é o caso do Supercomputador (CRAY XT6), recém adquirido pelo CPTEC, que possibilita a melhora da resolução espacial dos modelos de previsão de tempo. Possuem também especialistas em diversas áreas da Ciência, incluindo Meteorologistas, Matemáticos, Agrônomos, Engenheiros e profissionais de Computação, que atuam em conjunto para a melhor obtenção de dados. Essas organizações brasileiras são responsáveis pelos dados meteorológicos de todo o país e os enviam para todo o mundo, com o objetivo de interligar o Brasil com todos os serviços meteorológicos mundiais por onde recebem e enviam dados, como membro da OMM. Técnicas sofisticadas de previsão numérica, com modelos matemáticos de simulação do tempo e clima, são utilizadas para compor produtos que auxiliam no planejamento e na elaboração de estudos e previsões fornecidos por estas instituições, bem como produtos especiais voltados às diversas áreas de grande importância para o Brasil e para o mundo.

O que é meteorologia?


A palavra meteorologia vem do grego “meteoros”, que significa elevado no ar. É a ciência que estuda o tempo e o clima. Seu objetivo é o entendimento dos processos físicos e químicos que determinam o estado dinâmico da atmosfera nas mais variadas escalas espacial e temporal, abrangendo desde a turbulência local até a circulação atmosférica global. São feitos diversos estudos bastante complexos, pois a atmosfera é muito extensa, variável e sede de um grande número de fenômenos. Os estudos no campo da meteorologia começaram há dois milênios atrás, porém só a partir do século XVII essa ciência progrediu significativamente. Com a maior eficiência na observação da atmosfera e uma maior troca de dados meteorológicos entre vários países, as primeiras previsões do tempo tornaram-se possíveis com o desenvolvimento de modelos meteorológicos no início do século XX. A invenção dos computadores e da internet possibilitou uma troca mais rápida de informações e um armazenamento eficaz dos dados meteorológicos, proporcionando uma maior possibilidade de entendimento dos eventos meteorológicos e suas variáveis, desenvolvendo enormemente a meteorologia.
Classificar exatamente os diversos ramos da meteorologia é muito difícil. São áreas do conhecimento que se inter-relacionam e se sobrepõem. Os campos de estudo mais conhecidos são a previsão do tempo e a climatologia. 
Na previsão do tempo é feita uma predição, baseada na média de diversas medições, sobre como o tempo estará em determinado local e instante.
O meteorologista previsor do tempo aplica as leis da física clássica, a sinótica, a dinâmica e as técnicas matemáticas que rege o domínio do movimento da atmosfera, para o estudo das condições de tempo. 
Já a climatologia é o estudo estatístico dos fenômenos atmosféricos com o objetivo de caracterizar o clima de acordo com sua localização geográfica, estação do ano, altitude, etc. O climatologista utiliza as técnicas estatísticas para inserir e concluir informações sobre o estudo do clima. Com o uso da tecnologia moderna, principalmente dos satélites, a climatologia atual vem oferecendo dados e informações cada vez mais precisas sobre chuvas, secas, temporais, furacões, geadas, etc. As informações de médio e longo prazo que antes eram inexatas, agora possuem um alto grau de acerto pelos climatologistas.
O progresso no conhecimento em meteorologia é de vital importância para o desenvolvimento do País, em especial nos setores agrícola, energético, de recursos hídricos, dos transportes e da conservação do meio ambiente.

Informações meteorológicas para todos


Desde a antiguidade havia a necessidade da previsão do tempo. Através dos movimentos dos astros os antigos egípcios previam as estações de cheia e seca do Nilo, que era essencial para a sobrevivência desses povos.  Atualmente também temos esta necessidade de previsão e as aplicações são diversas (desde a programar uma ida a praia até plantar uma determinada cultura) porém a grande diferença é que as previsões feitas se mantinham e podiam ser constatadas em vários outros anos sem grandes modificações, nos dias de hoje com as mudanças climáticas estamos cientes das alterações constantes e notáveis quanto as previsões de tempo e clima. Estas previsões tão necessárias estão disponíveis a todos na mídia, aparecem nos telejornais, rádios, jornal impresso, internet o que possibilita o acesso de todos os dados colhidos e consolidados que ficam armazenados em bancos de dados meteorológicos e disponíveis em tempo real nos sites da área como o do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET)(www.inmet.gov.br).

Semana de Ciência e Tecnologia no CEFET CampusX



A Semana de C&T que aconteceu de 17 a 23 de outubro teve como tema “Mudanças Climáticas, desastres naturais e prevenção de riscos”. No CEFET-MG Curvelo esse evento contou com a apresentação de alunos que confeccionaram instrumentos meteorológicos.
Esses instrumentos em sua maioria foram feitos de materiais reciclados, em referência ao nosso curso de Meio Ambiente, porque além de apresentar um trabalho, queremos sempre colocar em prática nossos conhecimentos. A Semana de C&T foi uma forma de alocar o aprendizado acumulado durante o ano ao contexto da atual situação do mundo em relação às alterações do clima.
O Diretor-Geral destacou a importância das disciplinas ministradas em sala de aula e reiterou que as atividades extra-classe também são relevantes para que os discentes ampliem o conhecimento. "Esses eventos é que dão uma boa parte do diferencial dos alunos do CEFET-MG", disse.

Aplicação dos dados meteorológicos



A gestão de riscos climáticos é a utilização de informação climática em um contexto científico multidisciplinar para lidar com os impactos climáticos sobre o desenvolvimento e gerenciamento de recursos.
As informações meteorológicas e climatológicas produzidas e disseminadas pelo INMET são aplicadas em áreas de grande importância econômica e social do País.
Além de evitar resultados adversos, o gerenciamento de risco climático visa maximizar as oportunidades em setores sensíveis ao clima, através da melhor gestão dos resultados obtidos através das análises. Ele enfrenta a questão da adaptação às alterações climáticas, concentrando-se em ações que podem ser tomadas hoje, para melhorar os resultados de hoje e para compreender e antecipar as interações dos sistemas econômicos, ambientais e sociais com o clima para o futuro.
Informações de confiança sobre o clima podem ajudar a planejar as atividades humanas para eventos climáticos adversos e benéficos, alocar recursos e atingir metas de desenvolvimento. Avanços na ciência do clima, e a adaptação de informações climáticas para necessidades específicas, são molas propulsoras de oportunidades para melhorar a gestão dos riscos climáticos.
- Na defesa civil, a antecipação de catástrofes naturais.
- Na agricultura e pecuária, auxilia a tomada de decisão (melhor ocasião para irrigar o solo, semear, colher)
- Na saúde, identifica condições climáticas adversas, sinalizando riscos de surtos e epidemias.
- No transporte aéreo, identifica áreas de turbulência, fenômenos de inversão térmica e detecção de nuvens contendo gelo e, no transporte fluvial e marítimo indica as condições de navegação.
- Na construção civil, auxilia a programação de obras e concretagens.

A influência das mudanças climáticas na saúde


As pessoas têm, desde tempos antigos, associado certas condições meteorológicas com a saúde. A conexão entre o tempo e a saúde é especialmente clara quando a taxa de cancro da pele aumenta durante as ondas de calor ou durante períodos de frio extremo que colocam os idosos em maior risco de morte.
A doença que resulta de valores extremos de temperatura e radiação ultravioleta é um efeito óbvio das condições meteorológicas na saúde. Efeitos não tão óbvios incluem a influência de tempo no nosso humor, comportamento e bem-estar geral. As pessoas sensíveis ao tempo ficam frequentemente irritadas um dia ou dois antes de uma mudança no tempo e ficam frequentemente num estado terrível quando há a chegada de uma frente.
O nosso corpo reage ao frio comprimindo os vasos sanguíneos e como resultado, nosso coração tem de realizar mais trabalho para fazer passar o sangue pelos estreitos vasos. Uma diminuição significativa na pressão provoca uma expansão do ar nas cavidades isoladas do corpo, provocando dor em articulações ou músculos. Alguns de nós experimentamos este fenômeno quando viajamos de avião e a pressão no interior do aeroplano diminui durante a descolagem. Muitas pessoas são sensíveis a mudanças no tempo e a dor que sentimos pode ser causada pela irritação nas extremidades nervosas como resultado de mudanças repentinas nas condições meteorológicas.
Os ventos secos do interior antes da chegada das frentes denominam-se de Foehn nas regiões Alpinas de Europa Central e Chinook e Santa Ana nas regiões das Montanhas Rochosas do Canadá e E.U.A.. Curioso é que alguns tribunais suíços permitem considerar os efeitos negativos destes ventos como um fator mitigante em alguns crimes.
Além dos efeitos diretos, as mudanças climáticas também estão aumentando a reprodução de vetores e outros novos estão aparecendo. O surgimento da bartonelose e leishmaniose na região da tríplice fronteira, entre Brasil, Bolívia e Peru, mostra como a multiplicação de vetores tem aumentado o número de doenças raras. O aumento da temperatura propicia a reprodução além de expulsá-los para outros locais. Especula-se que isso também teve relação com o fenômeno El Niño, uma vez que ele muda o regime de chuvas e de temperatura na região durante alguns meses do ano.
Tendo em vista os altos índices de doenças devido ao clima, os investigadores constataram que as condições médicas não eram suficientes para explicá-las, justificando o nascimento de uma nova ciência a Biometeorologia. Ela consiste numa combinação de muitas disciplinas científicas, principalmente a meteorologia, a medicina e a biologia.

A menor temperatura do planeta



Localizado a 3.500 metros acima do nível do mar, Vostok na Antártida é considerado o lugar mais frio do planeta. Uma estação científica lá localizada chegou a registrar a temperatura de -89,2°C em 21 de julho de 1983. Porém, recentemente, cientistas da NASA afirmaram que ainda há um lugar no planeta mais frio que Vostok: Ridge A. Este local fica a 4 mil metros de altitude e está a  600 km do Pólo Sul e possui uma temperatura média de -70ºC mas cientistas afirmam que na média, este lugar no qual o homem nunca pisou, é muito mais frio do que Vostok ou qualquer outro lugar, sendo identificado como  "o mais frio, mais seco e mais calmo lugar da Terra”. 
Ridge A é o local perfeito para observações científicas por possuir um céu limpo, com poucas nuvens e sem água por ter uma umidade relativa praticamente igual a zero, sendo assim um lugar propício para a instalação de telescópios, os quais a China e a Austrália construirão e tem previsão de instalação para 2012, o que criará uma verdadeira “ corrida científica no Pólo Sul” , já que um telescópio lá instalado consegue chegar a imagens três vezes mais nítidas do que de qualquer outro do planeta.

Profissão: Meteorologista




O meteorologista é o profissional que estuda a atmosfera, seus fenômenos e interações, mas a profissão vai bem além da previsão do tempo. O seu mercado de trabalho é bastante promissor, por serem poucos os profissionais formados atuando no Brasil e a procura de empresas que trabalham com previsão do tempo e climatologia tem sido grande, então, têm sido abertos vários centros de previsão do tempo por todo lugar, e o número de formandos ainda não consegue suprir a demanda. O profissional também pode trabalhar na área de ensino, onde há grande procura por haver cada vez mais abertura de novos cursos deste campo. Os órgãos públicos como o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cepetec), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero) e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) são os tradicionais empregadores. O salário inicial para o formando em meteorologia é em média R$3.060,00 (6 horas diárias). Apesar disso, os cursos de graduação em meteorologia costumam ser pouco concorridos. Na UFPel (Universidade Federal de Pelotas – RS), por exemplo, o curso que oferece 33 vagas, contou com apenas 30 candidatos para o vestibular de 2008. O mais concorrido é o da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), com uma relação candidato/vaga de 14,5 (UEA-2006). Já na USP, uma das melhores universidades do país a concorrência é de 4,55 (FUVEST-2009).
O curso nos dois primeiros anos é baseado nas matérias básicas, como física e matemática. As disciplinas específicas incluem meteorologia física, climatologia, micrometeorologia, agrometeorologia e sensoriamento remoto. Há muitas aulas práticas nas quais o aluno desenvolve um treinamento em técnicas modernas de previsão do tempo e se familiariza com os instrumentos meteorológicos. Para aqueles que se interessam pelo tempo e clima e toda a gama que os envolve, fica uma boa dica.
Instituições que oferecem cursos superiores de Meteorologia :
UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro – RJ)
USP – Universidade de São Paulo (São Paulo – SP)
UFPEL – Universidade Federal de Pelotas (Capão do Leão – RS)
UFCG – Universidade Federal de Campina Grande (Campina Grande – PB)
UFAL – Universidade Federal de Alagoas (Maceió – AL)
UFPA – Universidade Federal do Pará (Belém – PA)
UEA – Universidade do Estado do Amazonas (Manaus – AM)
UFSM – Universidade Federal de Santa Maria (Santa Maria – RS)
UNIFEI – Universidade Federal de Itajubá (Itajubá – MG)

Uso da meteorologia na determinação da qualidade do ar



A concentração de uma substância na atmosfera varia no tempo e no espaço, pois depende da natureza do poluente gerado e a freqüência com a qual ele é emitido. Além disso, precisa haver reações químicas desses gases com a atmosfera para que seus efeitos sejam ativados e ainda a atuação de fatores meteorológicos (ventos, turbulências e inversões térmicas) e a topografia da região.
A interação entre as fontes de poluição do ar e a atmosfera define o nível de qualidade do ar, ou seja, quanto maior é o grau de poluição de uma indústria, maior é a quantidade de gases disponibilizados para reações com a atmosfera, o que significa que na área de influência, a (má) qualidade do ar desencadeará efeitos adversos sobre a saúde das pessoas.
É difícil estabelecer padrões de qualidade do ar suportáveis pelos seres vivos, já que cada indivíduo pode se comportar de maneira diferente a um mesmo tipo de exposição. Fato é que a absorção de substâncias indesejáveis pode ocorrer de uma maneira direta, pela própria exposição a uma concentração conhecida em um determinado tempo, ou de uma maneira indireta, pela ingestão de alimentos ou água contaminada por essa substância na área de abrangência da fonte geradora.
Por isso, as condições meteorológicas têm um papel determinante na descrição físico-química do transporte de poluentes, pois são elas que determinam a direção, velocidade e intensidade de atuação desses gases sobre a biosfera. É nesse sentido que as análises de dados meteorológicos são úteis para as atividades humanas, pois a definição dos períodos críticos e o monitoramento dos poluentes são ferramentas principais para os estudos de planejamento de novas atividades industriais e o estabelecimento de planos de controle de poluição do ar, permitindo assim que o progresso econômico seja alcançado junto com a qualidade ambiental e sem afetar a saúde das pessoas.
É importante ressaltar que, mesmo mantendo a emissão de poluentes constante, a qualidade do ar pode piorar ou melhorar, dependendo das condições meteorológicas estarem desfavoráveis ou favoráveis à dispersão desses poluentes, momento em que entram em cena os estudos para determinar se uma atividade deve ser cessada ou minimizada em virtude da forte atuação de fatores que contribuem para acentuar o potencial maléfico das substâncias. 
Assim, é necessário que cada indústria tenha sua própria estação meteorológica com um banco de dados atualizados porque a meteorologia tem a função de ajudar; trabalhar com ela é trabalhar para a natureza, ou seja, para nós mesmos.
Dicas de controle e monitoramento das condições atmosféricas e a dispersão de poluentes:
- Faça leituras diárias dos instrumentos disponíveis na empresa: estação meteorológica da empresa, por exemplo.
- Tenha dados e relatórios, das condições atmosféricas, sempre disponíveis para possíveis fiscalizações e auditorias internas ou externas.
- Em dias de operações ou lançamentos de produtos especiais na atmosfera, consulte um meteorologista para receber um briefing abrangendo: condições gerais do tempo, condições gerais para dispersão, informações sobre entrada de frentes frias, formação de chuvas, predominância dos ventos, previsões do Índice Pasquill, etc. 
- Acompanhe a capacidade que os equipamentos de controle e dispersão de poluentes que sua empresa dispõe. 
- Tenha sempre em mente as necessidades e capacidades de sua empresa.

Halo solar: um fenômeno surpreendente




Um halo é um anel de luz que rodeia um objeto, uma auréola. O fenômeno meteorológico sempre causa surpresa na população quando aparece, uma vez que cria em torno do sol um arco-íris que chama muito a atenção.
Segundo a meteorologista do Centro de Análise e Previsão do Tempo do INMET, Morgana Viturino de Almeida, “Halo Solar” é um fenômeno ótico, causado pela refração ou reflexão dos raios solares nos cristais de gelo presentes nos altos níveis da atmosfera. Normalmente, observa-se que nesses “altos níveis” a atmosfera tende a ser seca e fria. Contudo, durante a transição do período seco para o chuvoso, nota-se aumento significativo de umidade. Isto porque, na medida em que os dias avançam, os sistemas frontais (frentes frias) começam a atuar com maior freqüência na região central do Brasil. Nos altos níveis, a temperatura é baixa e o vapor de água que consegue chegar até essa altitude se solidifica e forma cristais de gelo. Dependendo da incidência dos raios solares nesses cristais, ocorre refração ou reflexão da luz. 
O meteorologista Hamilton Carvalho, também do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), confirma que o fenômeno é comum em épocas chuvosas, já que o halo solar é formado por uma nuvem alta, composta de partículas de gelo, que se posiciona entre a Terra e o Sol. “Essas partículas de gelo refletem a luz do Sol, formando essa espécie de arco-íris, uma combinação de cores que fica em volta do sol”. Esse fenômeno também pode ocorrer com a lua, denominando-se “Halo Lunar”. 

As mais altas temperaturas



A década de 1990 teve as maiores temperaturas registradas do planeta Terra desde o período de 1860. Prova disso é que a maior temperatura registrada no mundo foi 58°C em Alaziziyah na Líbia no dia 15 de setembro de 1922. Esse recorde de temperatura é seguido por Dunbrody na África do Sul que ocupa o segundo lugar por ter alcançando em 3 de novembro de 1918 a temperatura máxima de 50° C.

Vendo todas essas altíssimas temperaturas, surge uma pergunta: É possível morrer de calor? Fique sabendo que sim. O nosso corpo está preparado para funcionar com a temperatura em cerca de 30 graus. Quando há calor excessivo ocorre desidratação, e se torna necessário que o coração bata mais rápido, além de causar insuficiência renal. Também ocorre a lesão dos tecidos pelos raios solares e pela respiração de um ar muito quente, que pode destruir o tecido pulmonar. Mas o risco se torna gigante quando a temperatura ultrapassa 45ºC, então, é de extrema importância manter-se na sombra e ingerir líquidos. 
O índice de temperatura máxima no Brasil foi de 44,7 º C, na cidade do Bom Jesus do Piauí em 21 de novembro de 2005. Apesar da diferença de temperatura entre os recordes mundiais, essa pequena proximidade já nos deixa preocupados. Será que o Brasil futuramente será responsável pelo recorde da maior temperatura mundial?

Tempo e Clima




As pessoas frequentemente utilizam as palavras clima e tempo como sinônimas, porém tais empregos ocorrem de forma incorreta, já que cada palavra tem significados diferentes. No estudo da meteorologia, clima e tempo se diferem em vários pontos. Vamos entendê-los:
O tempo é o estado físico das condições atmosféricas em determinado ambiente e momento, podendo mudar de uma hora pra outra, diversas vezes em um só dia. Isso é possível graças às massas de ar que se deslocam e flutuam pela troposfera, influenciando o tempo. Seu estudo trata, em resumo, de como a atmosfera se comporta, dando enfoque no que diz respeito a seus efeitos sobre as atividades humanas. 
Já o clima é o estudo médio do tempo de um local por certo período, geralmente por 30 anos. Também faz alusão às observações contínuas das características atmosféricas durante um momento específico. No estudo do clima, se abrange maior quantidade de dados e eventos possíveis das condições de tempo num dado local, no qual se inclui, por exemplo, a variabilidade climática, as condições extremas e a freqüência de determinados eventos ocorridos em certa condição do tempo. 
Apesar de possuírem significados diferentes, o clima é totalmente dependente do tempo, já que sem os estudos do tempo de uma determinada região, seria impossível definir o clima da mesma, assim percebemos o grande elo entre o tempo e o clima.